HISTÓRIA DA CONGREGAÇÃO MARIANA DA ANUNCIAÇÃO

A atividade das Congregações Marianas em Santos teve início exatamente no dia 12 de março de 1916, quando o Padre José Visconti, S. J. com um grupo de 12 jovens, após várias reuniões preliminares, com base nas regras comuns dos sodalícios marianos, sob a proteção maternal da Virgem Maria e de São Luiz Gonzaga, assumiram o compromisso de levarem vida de bons cristãos e, em consequência, edificarem o próximo. 

Estava fundada a chamada Congregação Mariana de Santos, que mais tarde, devido ao aparecimento de outras Congregações na mesma Diocese, passou a designar-se Congregação Mariana da ANUNCIAÇÃO, título de sua patrona, Nossa Senhora da Anunciação, hoje sediada no Centro Comunitário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus.

De suas fileiras seguiram a vida religiosa na Companhia de Jesus, os saudosos Padre Edmundo Delgado, Irmão Luiz Machado Neto, que atuou em Roma, no Colégio Pio Brasileiro, como também, em período diferente, o Irmão Paschoal Maradei, SJ, que presidiu a diretoria da Congregação no ano de 1932, ingressando na Companhia de Jesus em 21/10/1936.

Alguns links que podem interessar:

ASSISTENTES ECLESIÁSTICOS DESDE 1916

LISTA NOMINAL DE TODAS AS DIRETORIAS DESDE 1916

LISTA NOMINAL DE ASSOCIADOS DESDE 1916 (EM BREVE)

GALERIA DE CONGREGADOS CÉLEBRES DA ANUNCIAÇÃO

CRONOLOGIA

Por falta de registro ou por se tratarem de eventos cotidianos, nem todos os fatos marcantes nestes mais de 100 anos estão listados abaixo.

7/11/1837, Nascimento do nosso fundador, Pe. José Visconti, S. J., em San Giovanni Valle Roveto, Itália

O fundador da Congregação Mariana da Anunciação, Pe. José Visconti, S. J.

25/10/1902 – Inauguração do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, que seria entregue aos jesuítas 3 anos mais tarde.

Fachada do Santuário Sagrado Coração de Jesus

12/03/1916, 11 horas da manhã, salão lateral esquerdo do antigo Santuário do Sagrado Coração de Jesus, na Rua da Constituição, 306, onde hoje se encontra o Colégio Santista – Realiza-se a reunião de fundação da Congregação Mariana de Nossa Senhora da Anunciação e São Luiz Gonzaga, presidida pelo padre jesuíta José Visconti, sendo o primeiro Diretor da associação. 

Os fundadores da Congregação Mariana da Anunciação

O primeiro Presidente foi Joaquim de Almeida Miranda, auxiliado por um 1º e 2º Assistente, um Secretário, um Tesoureiro e um Instrutor. Neste mesmo dia, foi criado o Grêmio São Luis, para moços solteiros.

Os 12 fundadores da Congregação Mariana da Anunciação listados no livro de Registro (de 1 a 11 e 13)

06/02/1917 – Congregação é agregada à Prima Primaria de Roma sob o número 42.177, conforme determinava as Regras Comuns para todas as CCMM fundadas.

A carta de agregação da Congregação Mariana da Anunciação à Prima Primária. O Documento está enquadrado e exposto na sede social

21/11/1921 – Pe. Visconti funda a Escola Noturna Santo Inácio, mantida pela C. M. da Anunciação.

05/10/1927 – Criação do Grêmio de São José, voltado aos homens casados

1929 – A Congregação, depois de 3 locais provisórios, muda-se de forma definitiva para sua sede localizada na rua 7 de Setembro nº 45, onde permanecerá por quase 50 anos. Foi adquirida com o valioso auxílio de benfeitores e do alto comércio cafeeiro de Santos. Os três primeiros locais foram um porão alugado, passando depois ao prédio de rua da Constituição nº 370 junto ao Colégio do Coração de Maria, mais tarde transferindo-se para o nº 327 da mesma rua.

Sede antiga da Congregação Mariana da Anunciação e Escola Noturna Santo Inácio, que à época funcionava no porão da sede

02/02/1931 – Criação do Grêmio São Tarcísio, voltado às crianças e adolescentes

01/10/1934 – Lançada 1ª edição do jornal A Alvorada, porta-voz das Congregações Marianas de Santos. Atualmente, O Alvorada está nas redes sociais, que você pode acessar CLICANDO AQUI.

Exemplares do Jornal A Alvorada encontram-se encadernados em nosso acervo

1939 – Time de voleibol da Congregação Mariana sagra-se campeão santista da modalidade.

Troféus conquistados pela Congregação Mariana da Anunciação em diferentes modalidades esportivas.

1943 – Criação do Grêmio de São Lucas, formado por congregados médicos. Teve curta duração.

Dr. Antonio Ablas Filho foi presidente do Grêmio São Lucas em 1943 e 1944, sendo sucedido pelo Dr. Grimaldo Dutra em 1945. 

SAIBA MAIS SOBRE O GRANDE CONGREGADO ANTÔNIO ABLAS FILHO CLICANDO AQUI.

1945 – Inicia-se a transmissão diária pela Rádio Clube de Santos da reza do terço às 18h, direto da capela da sede da Congregação Mariana da Anunciação. A transmissão aconteceu de 1945 até 1953

Terço conduzido pelo Pe. Waldomiro Alvarenga, S. J., na Capela da Congregação com transmissão pela Rádio Clube, 

1949 – Formação de um grupo de teatro amador ligado à CM, que viria a ser chamar Cine Teatral Anchieta e que permaneceu ativo por, no mínimo, 12 anos.

Ato teatral apresentado na Festa realizada no Salão do Santuário para comemorar o 32º aniversário da Escola Santo Inácio em 15/11/1953. O ator em destaque é Antonio Fernandes Ribeiro Jr.

1950 – Reinstalação da seção de menores, cujo Patrono era Santo Estanislau Kostka

Retrato dos Congregados de Agosto de 1950, com as crianças da Seção Santo Estanislau Kostka agachadas na primeira fila

08/09/1952 - Morte do nosso fundador, Pe. José Visconti, em São Paulo/SP.

31/07/1959 – Inauguração do novo prédio da Escola Santo Inácio e sede da Congregação Mariana

Os recém-inaugurados edifícios da Congregação Mariana e Escola Santo Inácio, construídos no mesmo terreno da antiga sede e no terreno ao lado

11/10/1962 – Começa o Concílio Vaticano II, o 21º da História da Igreja.

06/05/1965 - Era lançada a pedra fundamental da Igreja Santa Margarida Maria, construída pela Congregação Mariana da Anunciação na Zona Noroeste de Santos-SP.

Maquete do primeiro projeto para a construção da Igreja Santa Margarida Maria, do Dr. Benedicto Calixto de Jesus Neto

SAIBA MAIS SOBRE A CONSTRUÇÃO DA PARÓQUIA SANTA MARGARIDA MARIA CLICANDO AQUI

12/03/1966 – Jubileu de Ouro

09/01/1967, 03h03min – Tragédia do Gasômetro: reservatório de gás encanado explode e destrói parte do bairro Vila Nova, em Santos/SP. 

O gasômetro no dia da explosão

VEJA FOTOS DO SANTUÁRIO APÓS A EXPLOSÃO DO GASÔMETRO CLICANDO AQUI.

19/05/1967 – É realizada a reunião de diretoria preliminar para a organização da inauguração da Paróquia Santa Margarida Maria.

Ata da reunião de diretoria de 19/05/1967 registrando que a inauguração da Igreja, que se daria no domingo seguinte, era o assunto principal da reunião e que "Todos os possíveis detalhes foram examinados e diversas providências distribuídas"

21/05/1967, 10H – A Igreja Santa Margarida Maria (Pr. Júlio Dantas, 45 - Santos - SP, 11085-605), construída pela Congregação Mariana da Anunciação, é inaugurada e entregue à diocese, que nomeou como primeiro pároco o grande congregado Con. Paulo Horneaux de Moura. 

21/05/1965, é inaugurada a Igreja Santa Margarida Maria

12/07/1967 – Aprovados os Estatutos da Congregação Mariana da Anunciação, pela qual consegue constituir-se em pessoa jurídica.

28/12/1967 – Instalação do Departamento Feminino, iniciando a fase mista da associação

1968 – Estruturalmente comprometido pela explosão do gasômetro, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus é demolido.

Demolição do Santuário Sagrado Coração de Jesus

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1968 – Idealizada pelo congregado Osmar Novoa e Manoel Lourenço das Neves, é criada a Campanha da Reza do Terço, ainda em andamento.

SAIBA MAIS SOBRE A CONSTRUÇÃO DA PARÓQUIA SANTA MARGARIDA MARIA CLICANDO AQUI

09/06/1972 – É criada oficialmente a nova paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Aparecida. O primeiro pároco foi Pe. João da Silva Passos S. J.

A nova igreja Sagrado Coração de Jesus da Ponta da Praia, em imagem do final dos anos 80

1974 – Após 45 anos no mesmo endereço, as atividades da Congregação começam a ser transferidas para uma nova sede, alugada, ao lado da nova paróquia (Av. Bartolomeu de Gusmão, 116)

1975 – Início de um trabalho inspirado no modelo JAM, que resultou na ala juvenil da CM chamada JUVA (Juventude da Anunciação). Esta experiência duraria pouco mais de 10 anos.

Fev/1980 – Os jesuítas encerram sua permanência em Santos. Pe. Paulo José de Souza, sacerdote jesuíta, nosso benfeitor e ilustre figura da história das CCMM do Brasil, interrompe a assistência contínua à CM Anunciação.

1981 – São encerradas as atividades da Escola Santo Inácio, de gloriosa memória, tendo sua sede locada.

1986 – A antiga sede é vendida, por módico valor, à Mitra Diocesana de Santos para a instalação do Centro Comunitário da Catedral. Parte da receita advinda da venda é usada na construção do novo centro social da paróquia Sagrado Coração de Jesus.

Edifício do Centro Comunitário da Catedral em 2011. Neste local funcionou a Congregação Mariana da Anunciação e a Escola Santo Inácio 

01/09/1987 – Aprovados os novos Estatutos da Congregação Mariana da Anunciação.

1988 – Congregação transfere suas atividades para o 3º andar do Centro Comunitário da paróquia. A cessão do espaço à Congregação se deu em reconhecimento pelas doações em dinheiro da associação para a construção do Centro Comunitário.

Contrução do Centro Comunitário

VEJA MAIS IMAGENS DA CONSTRUÇÃO DO CENTRO COMUNITÁRIO CLICANDO AQUI.

1997 – Mauricy Telles Filho, então aluno do Curso de História da UNISANTOS, elabora TCC sobre a história de nossa Congregação.

2004 – Congregação Mariana da Anunciação é a organizadora e anfitriã do 19º Encontro da Coordenação Estadual das CCMM de São Paulo, realizada em Santos na casa de retiro CEFAS. Neste período, a Congregação empreende uma nova iniciativa de trabalho com os jovens.

Associados da Congregação Mariana da Anunciação no Encontro da Coresp de 2004

2012 - Congregação Mariana da Anunciação atua na organização do Coresp Jovem 2012 em conjunto com a Federação de São Paulo. O evento seria encorajador para que anos mais tarde os jovens assumissem a dianteira de um evento estadual em Santos.

Coresp Jovem 2012 com participação de jovens da Congregação Mariana da Anunciação na organização

2015 – Campanha da Reza do Terço chega a marca de 95.000 terços (com livretos) distribuídos, inclusive para fora do país.

12/03/2016 - Centenário da Congregação Mariana da Anunciação

Aspecto do discurso do presidente na cerimônia de posse da diretoria no dia do Centenário 

22/08/2016 - Sob inspiração e assessoria da CM Anunciação, é fundada a Congregação Mariana da Nossa Senhora do Rosário de Lepanto e São João Paulo II, em Ribeirão Pires/SP.

Fundação da Congregação Mariana de Lepanto

Abril/2017 - Santos sedia o 32º Encontro da Coordenação Estadual das CCMM de São Paulo.

Participantes do Encontro da Coresp de 2017

Agosto/2017 - Realização do Curso de Liturgia Comparada das Formas do Rito Romano. Este seria o embrião de duas importantes iniciativas da Congregação da Anunciação: a Fundação da Congregação de Fátima e o Apostolado da Missa Tridentina

Confraternização após aula do Curso de Liturgia

17/08/2017 - Início das atividades da Pré-Congregação Mariana de Nossa Senhora de Fátima e São Paulo Apóstolo, sediada na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Santos/SP.

Grupo inicial da Congregação Mariana de Fátima

05/05/2018 - Primeira Missa Tridentina da Diocese conforme o Motu Proprio Summorum Pontificum em uma Igreja Paroquial. Está listada entre nossas datas pois a Congregação Mariana deu toda a assistência para que ela acontecesse, desde a preparação do sacerdote, os acólitos, os cantos e a organização. Foi realizada na Paróquia São Paulo Apóstolo, rezada pelo Revmo. Pe. Ricardo Marques e o formulário usado foi a Missa Votiva de Sancta Maria in Sabbato.

Primeira Missa Tridentina em igreja paroquial na Diocese de Santos, com assistência dos congregados marianos. 

20/08/2018 - Palestra do Prof. Dr. Carlos Martins Nabeto, do Apostolado Veritatis Splendor

Aspecto da palestra de Carlos Nabeto em nossa sede

16/09/2018 - Sob inspiração e auxílio da Congregação Mariana de Ribeirão Pires-SP, é fundada a Congregação Mariana de Mogi das Cruzes.

Congregados presentes na fundação da Congregação Mariana de Mogi das Cruzes-SP

29/10/2018 - Autorizada a constituição da Congregação Mariana de Nossa Senhora de Fátima e São Paulo Apóstolo, sediada na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Santos/SP.

08/12/2018 - Fundada a Congregação Mariana de Nossa Senhora de Fátima e São Paulo Apóstolo, sediada na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Santos/SP.

Fundadores da Congregação Mariana de Fátima

17/08/2019 - Início das atividades da Pré-Congregação Mariana de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e S. Francisco de Assis, sediada na Paróquia São Francisco, em Cubatão/SP.

Primeira reunião da Pré-Congregação Mariana de Cubatão

06/02/2023 - Autorizada a constituição da Congregação Mariana de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e S. Francisco de Assis, sediada na Paróquia São Francisco, em Cubatão/SP.

Março de 2023 - Após a pandemia do Coronavirus, as atividades retornam à sede social de forma definitiva, após idas e vindas entre reuniões presenciais e online.

O espaço de reuniões na sede social da Congregação Mariana da Anunciação em março de 2023



HISTÓRIA NO BRASIL

No Brasil, as Congregações Marianas existiram no período colonial, sobretudo nos Colégios da Companhia de Jesus. Em 1583, é fundada no Colégio dos Jesuítas da Bahia, por S. José de Anchieta, sj, a primeira Congregação Mariana no Brasil. Praticamente desapareceram com a expulsão dos jesuítas, em 1759, sendo as remanescentes assistidas por padres de outras congregações religiosas. Em 1870, foi fundada a primeira Congregação Mariana depois da restauração da ordem Jesuíta, agregada à Prima Primária, em Itú/SP, e, a partir de então, tiveram elas notável crescimento em todo o País, quer em Paróquias ou em outros ambientes. Em 1909, começa no Rio de Janeiro a revista Estrela do Mar, que, em 1911 e até hoje, passa a ser o órgão oficial das CCMM em todo o Brasil. Em 1927, iniciou-se o movimento federativo com a primeira Federação Estadual, no estado de São Paulo. Em 1937, criou-se a Confederação Nacional com sede no Rio de Janeiro.

Foi o Brasil, nesta época, o líder em todo o mundo no número e crescimento de Congregações e Congregados. A Congregação Mariana se tornara uma das mais importantes organizações do laicato católico a fazer frente aos desafios que a sociedade em processo de secularização impunha, a ponto do papa Pio XII fazer entender oficialmente que as ações da Congregação Mariana e da Ação Católica deviam ser consideradas equivalentes.

Em 1970, por ocasião do 7º Encontro Nacional dos Dirigentes Marianos em Juiz de Fora/MG, as CCMM do Brasil se filiam à Federação Mundial das Comunidades de Vida Cristã, aceitando suas Normas e Princípios Gerais, resolvendo, porém, permanecer com o nome tradicional de CONGREGAÇÃO MARIANA, aproveitando a liberdade concedida pela CVX na Assembléia Mundial de 1967. A partir de então, o número de Congregações Marianas e de congregados passou por um declínio lento e progressivo, motivado, entre diversos fatores, por uma concepção (errônea) de que o modelo associativo não poderia atender às necessidades pastorais fomentadas pelo Concílio Vaticano II

Em maio de 1988, o Conselho Mundial das Comunidades de Vida Cristã, mantendo o reconhecimento das Congregações Marianas no Brasil, admitiu também a representação, naquele Conselho, das primeiras Comunidades de Vida Cristã que, como tais, já começavam a existir no País. Criou-se assim, uma dupla presença do Brasil naquele Conselho Mundial, através de associações que funcionam completamente independentes uma da outra.

A distinção formada entre os congregados marianos e a CVX no Brasil levou as CCMM do Brasil, na sua Assembléia Nacional realizada em novembro de 1991, em Aparecida, estado de São Paulo, a aprovar um novo Estatuto da Confederação Nacional, no qual há uma referência explícita a uma Regra de Vida a ser elaborada, a qual, substituindo em âmbito de Brasil, os Princípios Gerais e as Normas Gerais, fizesse das Congregações Marianas do Brasil uma associação religiosa de leigos, autônoma, com a marca característica da devoção mariana, como sempre foram e continuaram sendo no Brasil. Esta decisão teve aprovação do Assistente Eclesiástico Nacional das Congregações Marianas, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Eugênio Sales.

Em 22/08/1993, é erigida pela CNBB as "Congregações Marianas do Brasil", associação distinta da CVX. A Regra de Vida é aprovada.



HISTÓRIA GERAL

As Congregações Marianas (CCMM) tiveram início em 1563, quando o jesuíta Pe. Jean Leunis começou, entre os alunos do Colégio Romano, em Roma, um sodalício (grupo) cujos membros se distinguiam por uma vida cristã e mariana fervorosa e pela prática de diversas formas de apostolado.

Enquanto as CCMM se espalhavam rapidamente pelo mundo, sobretudo nos Colégios da Companhia de Jesus, a Santa Sé apressou-se em apoia-las e promovê-las através de vários documentos:

05/12/1584: Papa Gregório XIII publica a Bula “Omnipotentis Dei”, com que efetua a ereção canônica da Congregação Mariana do Colégio Romano, a Prima Primaria. Depois de enumerar os frutos espirituais produzidos pela Congregação; depois de louvar suas finalidades, suas práticas, seu espírito, o Sumo Pontífice abençoa paternalmente a Prima Primaria, a quem dá o título de “mãe e cabeça” — Mater et caput — de todas as Congregações Marianas. A ela passaram a ser agregadas até 1967, as diversas Congregações de todas as partes do mundo, as quais podiam participar dos mesmos benefícios espirituais que lhe haviam sido concedidos pela Sé Apostólica.

05/01/1587: Papa Sixto V publica a Bula “Superna dispositione”, em que o Papa outorga ao Padre Geral da Companhia de Jesus o poder de erigir e de agregar à Prima Primária as Congregações que se fundarem nas Casas ou Colégios da Ordem.

29/09/1587: outra Bula de Sixto V, “Romanum decet”, estende as faculdades da Bula “Superna dispositione” às Congregações fundadas em estabelecimentos que não pertencem à Companhia de Jesus, mas que assim mesmo são dirigidos pelos Padres Jesuítas.

15/04/1621: Papa Gregório XV publica a Bula “Alias pro parte” , em que declara que as Congregações Marianas não fazem parte das Confrarias e Associações de que trata a Bula “Quaecunque” de Clemente VIII. O Sumo Pontífice aproveita a ocasião para frisar a índole própria das Congregações Marianas, dignas do louvor e da benevolência da Igreja.

24/04/1748: Papa Bento XIV publica também o Breve “Praeclaris Romanorum” , que confirma e amplia o tesouro das indulgências com que a Igreja enriqueceu as Congregações.

27/09/1748: O papa Bento XIV publica ainda a Bula “Gloriosae Dominae”, conhecida com o nome de Bula Áurea pelos elogios, favores, privilégios, indulgências e graças com que o grande Papa mariano quis mimosear e enaltecer as Congregações Marianas.

08/09/1751: Bento XIV publica também o Breve “Quo tibi”, em que o mesmo Pontífice autoriza a agregação das Congregações femininas.

07/01/1765: nova aprovação oficial das Congregações Marianas pelo Papa Clemente XIII na Bula “Apostolicum Pascendi” publicada em defesa da Companhia de Jesus.

16/11/1773: O papa Clemente XVI publica o Breve “ Commendatissimum”, assegurando a continuação das Congregações Marianas, com todos os seus privilégios e indulgências, mesmo após a supressão da Companhia de Jesus.

17/05/1824: O papa Leão XII promulga a Bula “Cum multa”, com que restitui à Companhia de Jesus o poder de agregar as Congregações Marianas à Prima Primária.

10/02/1863: O Papa Pio IX publica o Breve “Exponendum nuper”, em comemoração do terceiro centenário da Fundação da primeira Congregação Mariana.

27/05/1884: O Papa Leão XIII publica o Breve “ Frugiferas inter”, concedendo um Jubileu extraordinário para celebrar mais solenemente o terceiro centenário da ereção canônica da Prima Primária.

27/09/1948: O Papa Pio XII, no bicentenário da Bula “Gloriosae Dominae”, publica a Constituição Apostólica “Bis Saeculari Die”, chamada “Carta Magna” pelos congregados, na qual reafirma a missão e a estrutura das Congregações Marianas.

Anos 1960-70: Em 1967, após o Concílio Vaticano II, a Federação Mundial das Congregações Marianas, reunida em Roma, propôs uma modificação substancial das Regras Comuns, aprovadas pela Santa Sé em 1587 e atualizadas em 1910, substituindo-as pelos Princípios Gerais e as Normas Gerais, bem como a mudança do nome para Comunidade de Vida Cristã (CVX). Aceitos provisoriamente e, depois de 31 de maio de 1971, de modo definitivo, pela Santa Sé, esses documentos sofreram várias modificações sucessivas, sendo a última aprovada por Decreto do Pontifício Conselho para os Leigos, em 3 de dezembro de 1990.