Senso do sagrado

Nave da igreja

O canto "Miserere mei, Deus", de Gregório Allegri, foi rigorosamente preservado pela Igreja, tocado apenas na Semana Santa. Por sua beleza incomum, compreendeu-se que não poderia ser "banalizado".

Algo semelhante deveria acontecer em outras situações. Como exemplo, o corpo humano. Não é à toa que andamos vestidos. O pecado original manchou nossa inocência. A intimidade de cada pessoa é preciosa, por isso não deveria estar exposta com tanta facilidade. É algo que só poderia ser descoberto por quem vai dividir a vida com ela até o fim, num firme compromisso. Entra aí a relação sexual, tão vulgarizada ultimamente. Perdeu-se de vista a dimensão da geração da vida; popularizaram-se a fornicação e a pornografia, entre outros.

A vida humana também foi dessacralizada. Mata-se por qualquer coisa. Defende-se a aberração do aborto, sem peso na consciência (para isso, desumaniza-se o bebê). Nem se poupam aqueles que chegaram à outra ponta da vida.

Numa época em que já não se tratam as coisas de Deus com a devida reverência (infelizmente, mesmo entre os fiéis), não sejamos nós a perder o senso do sagrado.

Salve Maria!

https://padrepauloricardo.org/blog/o-dia-em-que-mozart-quase-foi-excomungado-pela-igreja

https://pt.aleteia.org/2018/03/29/a-cancao-mais-bonita-e-enigmatica-da-semana-santa/