Santa Maria, mãe de Deus

Nossa Senhora e o Menino JesusA Igreja, em sua sabedoria, decidiu consagrar o primeiro dia do ano civil à maternidade divina de Maria. Assim, ela quer nos recordar que ela estava no princípio de tudo, ela é a chave que revelou um novo tempo: o tempo da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na plenitude dos tempos dividiu a História e deu esta mesma a sua finalidade última, que é a completude do número dos eleitos. A maternidade divina é um mistério, anexa ao mistério maior de como Deus pôde se fazer homem. A literatura católica é maravilhosa na contemplação e estudo desta verdade, mas não poderá nunca abarcá-la em toda a sua extensão. Acolhemos a autoridade da Igreja que nos garante dogmaticamente esta revelação: Maria é mãe de Deus. A pessoa de Cristo é Deus e homem, duas naturezas distintas, porém indissociáveis. Portanto, Nosso Senhor, ao mesmo tempo, existe desde toda a Eternidade e nasceu na História. A Pessoa de Cristo habita o desígnio divino antes do tempo e da criação. E, via de consequência, o meio excelso de que Deus se serviu para encarnar-se está encerrado na Divina Providência desde antes todos os séculos. E este meio excelso foi o ventre sagrado da Bem-Aventurada Virgem Maria. Maria não apenas deu um corpo ao Filho de Deus: ela é mãe dele em sentido próprio. Em seu ventre, o Filho Eterno assumiu corpo, alma, inteligência e vontade humana. E colocou-se na condição de verdadeiro filho, abandonando-se em sua fragilidade aos cuidados da Virgem e seu castíssimo esposo, São José. Meditemos durante ano as maravilhas que o Senhor fez para nós!