A glória futura

Vitral da Transfiguração do Senhor


Mariana Maia, aspirante da CM.

No dia 6 de agosto, recorda-se o êxodo de milhares de cristãos habitantes da Planície de Nínive, no Iraque, sob ameaças do Estado Islâmico, que propôs o pagamento de um imposto por professarem outra fé ou a morte. A partir desse episódio, essa data é dedicada à oração pelos cristãos perseguidos.

No mesmo dia, os católicos celebram a Transfiguração do Senhor no monte. Radiante de glória celeste, Ele conversa com Moisés e Elias e é confirmado novamente como o Filho de Deus. O assunto da conversa? A Paixão que haveria de ocorrer em breve. Não é difícil estabelecer uma relação entre o evento bíblico e a tragédia humana promovida por ódio à fé em Cristo.

Os cristãos iraquianos deixaram suas terras e casas pela fidelidade a Deus e pela esperança na vida eterna. Para eles, os sofrimentos desta vida não se comparam à glória futura (Rm 8,18). Sabem que o servo não é maior que seu Senhor (Jo 15,20): se Jesus foi perseguido, também eles o seriam. A íntima relação entre a cruz no presente momento e a felicidade eterna no Céu deveria estar gravada no coração de cada fiel.

Rezemos pelos irmãos perseguidos e façamos seu clamor ser notado. Que, assim como eles, saibamos ser perseverantes e dar testemunho até o sacrifício da própria vida, se for preciso, lembrando-nos de que sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15,5).

Salve Maria!