Divisão no povo


Mariana Maia, aspirante da CM.

Perto dos eventos da Paixão e da Ressurreição, lemos no Evangelho os embates entre Cristo e os judeus. Um versículo me chama a atenção: "houve por isso divisão entre o povo por causa dele" (Jo 7,43). Remete-nos à profecia de Simeão, quando disse que Ele seria causa de queda e reerguimento e sinal de contradições (Lc 2,34).

A vinda de Jesus provoca reações de acolhimento ou de recusa, de fé ou incredulidade. Não há como ficar indiferente. Mesmo quem prefere estar em cima do muro acaba optando por um lado, pois o muro foi colocado pelo inimigo das almas para nos afastar de Deus.

De outro lado, há uma divisão que precisamos superar: aquela causada por ideologias. Se o povo de Deus, em vez de vender a alma a partidos, permanecesse na mesma fé e na sólida doutrina, daria testemunho da unidade desejada pelo Senhor, único pastor de um único rebanho (Jo 10,16). Uma casa dividida não pode subsistir (Mt 12,25). Cristo não permitirá que Sua Igreja pereça (Mt 16,18), mas temos a certeza de estar no mesmo barco, especialmente nas horas de provação? Não desviemos o coração nem causemos a ruína de nossas paróquias, comunidades, dioceses.

As opções já estão definidas: Deus ou o diabo. Nesse caso, não há meio-termo ou neutralidade. Que Jesus seja causa de salvação para nós, não de queda (Mt 11,6).

Salve Maria!